domingo, 18 de julho de 2010
desde sempre.
ALENTEJO! Lavre, não ia ai à sete ou oito anos, terra da minha avo, aquela vila onde eu, quando era pequenina, corria aquelas ruazitas apertadas os dias todos, com uma suave brisa a bater me na cara e que fazia o meu cabelo voar. e hoje quando saí do carro pude ver um azulejo gigante com a foto de Simão da Veiga, meu primo cavaleiro, e sentir verdadeiro orgulho! e a casa onde não entrava à anos, uma placa onde dizia ''farmácia'', e uma placa onde dizia Nide de Jesus Lopes VARREGOSO, o meu nome ali, a única família com esse nome em todo o mundo, e eu faço parte. sitio esse que me fazia sentir em casa, farmácia da minha tia onde em pequenina ficava ao balcão com ela a desenhar e a sonhar um dia atender os clientes, e os dias na courela onde dava de biberão ás cabritas e corria atrás dos coelhos. nessa altura nem pensava em ny, nem no meu pai sequer, ali estava bem. ouvir historias em que quase toda aquela terra é da minha família, que tudo aquilo me corre nas veias como o vento naqueles vales. e finalmente quando estava a chegar ao restaurante onde ia jantar corri até uma beira, novamente com a brisa do entardecer na cara. voltar a percorrer aquilo fazia me sentir como que abraçada por aquele vento e as pequenas casas quase todas em branco, e corri sem pensar, só via as imagens de quando era pequena a virem me à cabeça. quando dei por mim, só um sorriso verdadeiro me nasceu na cara, ao reparar no que tinha feito e recordado. parei onde se via um monte alentejano perfeito e o por do sol que me enchia os olhos de ainda mais brilho.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário