quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

sinceramente sinto que já não aguento.
a tua vontade de estar comigo, que parecia insaciável, desapareceu.
os teus olhos já não olham para os meus com a mesma intensidade, capaz de mover mundos, como antes.
as tuas frases deixaram de ter o tom tornurento, que derretia qualquer pessoa, como antes.
o respeito que tinhas por mim, que por mais pequeno que fosse marcava diferença, desapareceu.
os teus abraços deixaram de ter o mesmo carinho, como antes.
os teus beijos, mais apaixonados que quaisquer outros, já não são sentidos como antes.
a força com que tu me puxavas conta ti, que quase me esmagava, desapareceu.
onde foi tudo isso?
onde foram todas essas coisas que nos marcaram? onde foram todas as frases alheias "estes miúdos não se largam"? onde foi tudo aquilo que construímos tão depressa e que parecia tão forte? onde foi toda a confiança que depositava nesta relação? onde foi o sorriso que nascia na minha cara ao ouvir a tua voz? onde foram os passos acelerado que dava ao ver-te do outro lado da rua? onde foi toda aquela vontade de querer ficar sempre mais cinco minutos e não nos deixarmos um ao outro?
tudo isto se foi, voou com o vento talvez; seguiu nas ondas, apagou-se com a chuva?
são demasiados pontos de interrogação, são demasiadas desilusões dia após dia, e não nasce um sorriso na minha cara por ti, já nem os dias consigo contar.
as únicas certezas são que te amo, disso não tenho duvidas. olhar e ver o desprezo a predominar no teu rosto, ver a indiferença que tens sobre mim, reparar que eu ainda me preocupo com tudo isto e tu não queres nem saber, ver o (pouco) tempo que passávamos juntos desaparecer ainda mais, estar sentada ao teu lado é o mesmo que estar um estranho qualquer, as discussões são diárias.
já ninguém nos reconhece, já ninguém sabe o que me dizer quando a confusão se instala na minha cabeça, quando não sei a saída deste labirinto.
quase que admito; somos um nada! vemo-nos, passamos um pelo outro uma ou duas vezes, damos um beijo que nem sabe a nada e cada um segue o seu caminho. é o quê? namorar por namorar? namorar por dizer?
és demasiado para isso ser assim. a resposta tem de chegar depressa, sem mais rodeios. ou sim, ou não.

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