segunda-feira, 12 de março de 2012

feridas saradas?

o tempo passa, sem que te apercebas. os segundos em que parece que a tua vida depende deles já passaram, os minutos que passaste com o olhar fixo, as horas que passaram juntos, e principalmente os dias que foram felizes já lá vão. é verdade que deverias ter-te apercebido disso mais cedo, mas que culpa tens tu? encontraste um sentimento novo e estrondoso, que ao que me parece se chama amor. mesmo depois de teres perdido todo o controlo, não lhe conseguiste fugir. és menos por isso? eu acho que não.
muito pelo contrário, tiveste a capacidade de dar de ti, mais do que talvez devesses. foste capaz de amar alguém mesmo conhecendo cada defeito, foste capaz de estar lá quando ele precisou, tornaste alguém a tua prioridade. e isso? devia ter sido reconhecido. 
afinal de que serve pensar no dia de ontem? sabes que não passam de memórias, que já quiseste esquecer. não sei para quê, ao menos se te queres lembrar de tudo o que se passou, lembra-te da lição que aprendeste de todas essas vezes. porque só assim chegas ao ponto de tudo isto. o fim.
de que vale prenderes a tua vida a um mundo que desabou? sabes, por um lado tenho orgulho, a volta por cima? está quase completa, para ti hoje já não existe uma só pessoa, mas existe um universo.
e com aquilo que aprendeste este ano, apesar das mil e muitas lágrimas, estás mais forte. pelo menos quanto a isto.
deste um passo em frente, deixaste as sombras onde devem estar. atrás de ti.
novamente, o teu consciente.

1 comentário:

  1. Estive aqui miúda!
    Escreves tão bem! Gostei muito do que aqui encontrei e com tempo voltarei para ler com mais atenção. A propósito da nossa conversa hoje deixo-te algo que escrevi quase em jeito de brincadeira mas que de facto, pode fazer-nos pensar:


    ACORDAR E A COR DAR


    Há bem pouco tempo eu li
    Um texto bem engraçado
    Muito simples, deduzi
    E de realidade bem vincado

    Falava do acordar
    E de quem nunca acordou
    Por receber sem nunca dar
    Por quem nunca sonhou

    Partilho convosco então
    Esta simples brincadeira
    Pode parecer diversão
    Mas é muito verdadeira

    Já alguma vez reparou
    Que ao ler a palavra “acordar”
    Se as sílabas separar
    A-Cor-Dar, tudo mudou?

    A cor dar é opção
    De querer a vida colorir
    De pintar o coração
    Com novas formas de sentir

    Um sorriso colorido
    Pôr-do-Sol à beira mar
    Um meigo luar sentido
    Porta aberta para sonhar

    Faça chuva, sol ou vento
    Frio ou muito calor
    A Vida é um Momento
    Com muita, ou pouca cor

    E neste arco-íris viajante
    A que damos cor, ou não
    Tudo muda num instante
    Sem aparente razão

    Escolha agora uma cor
    A que alguma coisa lhe diz
    Viva a Vida sem rancor
    Acorde e seja feliz!

    Vermelho é sangue, é vida
    É paixão e sedução
    A Vida-ao-rubro é vivida
    Com muita, muita emoção

    Beber o verde-esperança
    Da Natureza envolvente
    É ter sempre na lembrança
    Tudo o que de bom se sente

    Quem o azul-mar preferir
    Boa escolha sempre faz
    Olhar o céu faz sentir
    Aquela sensação de paz

    Do amarelo-sol que dizer?
    Pura magia pela manhã
    É opção a escolher
    Para uma Vida mais sã

    O rosa da meninice
    Fica sempre na lembrança
    Quem dispensa a meiguice
    De um sorriso de criança?

    Castanho-terra é genuíno
    Transparência, autenticidade
    É escolha de quem tem tino
    De quem prefere a qualidade

    O branco-neve é pureza
    Para quem procura tranquilidade
    Para pincelar a tristeza
    De candura e sensibilidade

    O Preto-carvão é a cor
    Mais triste que eu conheço
    Relembra a morte e a dor
    Não a escolham! Eu vos peço!

    Então para terminar
    Se me permite opinião
    Não viva sem acordar
    E dê cor ao o coração!!!

    Beijinho
    Sandra Nóbrega

    P.S. podes ler-me aqui:

    http://sarrabeca.blog.com

    e aqui:

    http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=948

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